Não quero mais falar de dor,
nem quero mais falar de amor,
por enquanto,
só o silêncio do agora.
Não quero mais saber de tempo,
nem sentir que há espera,
tudo é quimera
e minha alma implora
arrego, sossego.
Frio, escuro, vazio,
cinza, seco e febril,
faz-se a geada e noutro dia
a relva de mim queima no gelo.
Não me importo mais.
Se me fecho, e os olhos também,
é porque sou refém
de sentimentos por mim criados.
Sou aquela menina
com a flor na mão,
chorando porque murchou.
Será um dia riso,
do outro dia nem preciso.
Só quero agora escutar de longe
sussurros do nada,
ter minha alma lavada,
despida e banhada
da culpa, do pranto, de tanto…
de tanto saber que a saudade,
me invade, invade e invade,
mesmo antes de ser,
mesmo antes de amanhecer.
São vãos por onde escorro,
o chão onde me sento,
onde me contradigo, onde aguardo.
Palavras nesse vácuo onde quero,
onde sei, onde pensei, onde hei
de reencontrar-me.
Quem sabe.
*
Enluarada
*
Eu quero escutar meu silêncio. Quero respirar o ar das minhas palavras que me escoram nesses segundos que me singem de inércia. Nada posso fazer, só deixar o tempo escorrer.
olha disse tudo poeticamente como sempre, ha um pedido de pausa, te de isso, com carinho, sem repressão, de ofereça isso sem ilusão, te proporcione isso sem desilusão.
Apenas te ame nesse momento e conte comigo.
beijos
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Querida Luna.
Veja bem, palavras ditas em silêncio: a maior grandeza da comunicação, do sentimento. O silêncio é um comunicador de almas.
Bela poesia, senti tua alma nela.
Beijos
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